Os conselheiros deliberativos indicados pelo Banco do Brasil na Previ utilizaram o voto de minerva - um instrumento dos tempos da ditadura - para acrescentar mais um torpe capítulo em uma disputa de poder indigna que já coleciona desde pitos públicos da Presidenta da República até acusações de quebra de sigilo bancário. Atos dignos de um boteco familiar da periferia, e não dos executivos do maior banco da América Latina.
O atual presidente da Previ foi acusado, por informações vazadas à imprensa, de comprar uma casa em Brasília. Parte do imóvel foi paga com financiamento imobiliário da Previ, uma operação regular disponível para todos os associados do Plano 1. Parte do negócio teria sido pago em dinheiro proveniente, segundo alegações do comprador, de empréstimo contraído junto a um amigo particular.
O Conselho Deliberativo da Previ determinou à Auditoria Interna da entidade, subordinada ao próprio Conselho, que apurasse a denúncia. Em relatório apresentado aos conselheiros no dia 19 de abril a Auditoria concluiu que não foi cometida nenhuma irregularidade no âmbito da Previ, nem foi violada qualquer norma da entidade pelo atual presidente.
Os conselheiros indicados pelo banco propuseram abrir inquérito administrativo para apurar responsabilidades e descumprimento de normas, alegando que, de acordo com as normas do banco, funcionário da empresa não pode pedir empréstimo para correntista.
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Os conselheiros deliberativos eleitos, com base no relatório da Auditoria Interna, registraram que não foi cometida nenhuma irregularidade no âmbito da Previ e que, se o banco quisesse apurar qualquer outro ato, que o fizesse no âmbito do banco.
Os três indicados pelo banco, com o voto de minerva do presidente do Conselho, determinaram que a Previ abra inquérito administrativo contra seu presidente. Em seguida, a informação foi vazada - talvez por algum deles - para a imprensa.
Contra os abusos do banco
Os dirigentes eleitos consideram abusivo o banco utilizar um instrumento autoritário para manchar a imagem da Previ usando lances deste tipo para fazer uma disputa de poder que já chegou às raias do absurdo. Se a cúpula do banco quer fazer apurações, que faça pelos próprios meios, e não impondo à Previ decisões e apurações que não dizem respeito a ela. Se a própria auditoria subordinada ao Presidente do Conselho, detentor do voto de minerva, não apontou irregularidade, aonde querem chegar com esta apuração?
O funcionalismo comenta: deiem a Previ em paz, administrando corretamente os recursos dos associados, em vez de usá-la para uma guerra de facções!
Eleitos da Previ.
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