POLÍTICA - Dilma indica ministra do TST para vaga no Supremo
Rosa Weber deverá ocupar a cadeira deixada por Ellen Gracie, que se aposentou
Juíza de carreira, Rosa havia sido escolhida para o Tribunal Superior do Trabalho pelo ex-presidente Lula
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff decidiu ontem que a gaúcha Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, 63, será a terceira mulher da história a se tornar ministra do STF (Supremo Tribunal Federal).
Juíza de carreira, Rosa havia sido escolhida para o Tribunal Superior do Trabalho pelo ex-presidente Lula
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff decidiu ontem que a gaúcha Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, 63, será a terceira mulher da história a se tornar ministra do STF (Supremo Tribunal Federal).
Para que tome posse, porém, a indicação ainda precisa ser aprovada pelo Senado. Ela ocupará a vaga deixada por Ellen Gracie, que decidiu se aposentar em agosto deste ano. Ellen foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira do tribunal e a única presidente até hoje.
A escolha aconteceu após uma seleção com a análise de mais de 15 candidatas. Juíza trabalhista de carreira, Rosa é hoje ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho), apontada para o cargo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A indicação para o STF foi feita em reunião durante a tarde de ontem e confirmada pelo porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena. O ato já foi assinado pela presidente Dilma e segue para o Senado Federal. A gaúcha contou com o apoio do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e do ex-marido de Dilma, o advogado Carlos Araújo.
ESCOLHA
Rosa Weber passou a ser a favorita no decorrer do processo. Ela não era nem sequer cogitada como candidata quando Ellen deixou a corte.
Após diversas conversas com ministros de Dilma nos últimos três meses, ela desbancou outras mulheres consideradas politicamente mais fortes, como a ministra do STM (Superior Tribunal Militar) Maria Elizabeth, que tinha o apoio de José Antonio Dias Toffoli e do ex-ministro José Dirceu.
Também eram avaliados os nomes das ministras do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Nancy Andrighi e Maria Thereza Rocha. A escolhida de Dilma sempre atuou na área trabalhista e será a primeira vez que ela atuará com outros temas.
O processo de sua escolha foi coordenado pelos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (AGU), com a participação do secretário-executivo da Casa Civil, Beto Vasconcelos, e supervisionado por Dilma.
Ministros do Supremo já até reclamavam nos bastidores que a presidente estava demorando para escolher a nova ministra. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, João Oreste Dalazen, disse que a escolha de Rosa Weber foi "uma feliz indicação" da presidente Dilma Rousseff.
"O Supremo ganha uma magistrada exemplar, de sólida e rica formação jurídica e humanística", disse, classificando Rosa Weber como uma pessoa "sensível, prudente e percuciente".
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcanti, também elogiou a escolha: "Ela tem uma trajetória da defesa dos direitos sociais. Isso confere a ela legitimidade para integrar a Corte Suprema".
Fonte: Folha de São Paulo
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