sábado, 1 de janeiro de 2011
Organização de Mescla
Caros Colegas.
A PREVI hoje se constitui numa mistura de coisas diferentes para terror dos seus associados e legítimos donos. Fugindo totalmente à atividade fim, tornou-se uma empresa lucrativa a serviço do Governo – figura alheia ao seu quadro social, pois não detém cota de participação na sociedade.
Ocupada gradativamente por pessoas desvinculadas dos seus princípios, a PREVI transformou-se num ninho de predadores encastelados na sua cúpula diretiva. Sindicalistas e marqueteiros, políticos todos, assenhorearam-se do poder para dar as cartas e agir ao bel prazer impingindo a Mescla com o propósito de servir ao Banco do Brasil - como preposto do Poder Central. O Governo, sempre ávido em botar a mão no dinheiro alheio, dá continuidade a uma prática de meio milênio que teve origem na fase do Brasil Império, quando o ouro era roubado descaradamente pelos seguidores do rei.
Reza o Estatuto da PREVI que ela é uma Organização de fins não econômicos, formada para conceder complemento de aposentadoria, e pensões, aos seus associados – todos de uma mesma classe de ex-trabalhadores dos quadros do Banco do Brasil. Em nenhum lugar está dito coisa diferente. Nem mesmo as seguidas alterações estatutárias maliciosamente forjadas conseguiram modificar esse entendimento: a Caixa de Previdência pertence aos seus sócios e somente a eles lhe é dado servir.
Todavia, ao poder avassalador do patrocinador, avalizado pelo Governo, normativo nenhum é respeitado. Nem mesmo as leis são obedecidas, pois o centro da incompetência e do desrespeito aos princípios básicos da democracia dita e edita suas próprias normas, sobrepondo-se à Carta Magna do País para cercar-se da impunidade que lhe concede o arbítrio, e dá o direito espúrio de dilapidar o patrimônio do Fundo de Pensão dos aposentados e pensionistas que o criaram - o fizeram crescer e dele dependem para sua sobrevivência, agora ameaçada pela rapinagem instituída oficialmente.
Na atual conjuntura, o patrocinador pode tudo. Até mesmo praticar terrorismo branco em direção aos participantes do Fundo, ao deixá-los desorientados à falta de informações sobre o que grassa nos seus domínios. No corpo diretivo da PREVI subentende-se haver elementos eleitos pelos associados para defendê-los. Mera suposição afinal, porque até estes se submetem ao jugo. E a PREVI, subserviente apêndice do Banco do Brasil, além de acatar suas determinações sem questionamentos, ainda se dá ao desplante de sonegar informações aos seus associados naquilo que mais lhes interessa – o destino do dinheiro do seu lídimo sustento. Isto se explica com superficial análise de ocorrência recente. Depois de encenar uma concordância suspeita, o Banco separou para si metade do superávit destinado à melhoria de benefícios. Mesmo desenquadrado por não ser um dos beneficiários legalmente instituídos, determinou que o restante fosse distribuído de acordo com suas próprias regras. Mas nem essa parte do “acordo” está cumprindo, uma vez que os seus desígnios foram satisfeitos, pelo que se deduz.
Este Natal que passou, juntamente com as festividades do término do ano, nunca mais sairá da lembrança dos participantes do PB1. Independente da ala em que formou na votação do “plebiscito” ninguém saiu vencedor, pois além de enganados pela dubiedade do conhecimento dado, o aceno que foi feito remetia ao entendimento de que o ano não terminaria sem que se visse a cor do dinheiro. No entanto, além de nada ter sido pago nada foi dito relativamente à data em que o crédito será feito. E é justamente aí que reside o terrorismo bem ao gosto dos mandantes: para manter o domínio sobre os reféns é primordial deixá-los sob total escuridão. Pois o medo e a ignorância inibem as forças impedindo qualquer reação em direção à liberdade.
Por isso a PREVI nada informa.
Em que pese possuir um dos parques informáticos mais bem estruturados do país, o site da PREVI, que deveria se prestar à informação precisa de tudo que diz respeito aos associados, somente serve aos interesses do patrocinador – seu senhor absoluto. O noticiário é inócuo enquanto dirigido aos participantes, pois somente trata de assuntos do Fundo como empresa de fins lucrativos, para deleite do Banco do Brasil e do Governo, sempre em dia com o montante disponível para sacar.
Enquanto essa postura de servilismo não se modificar os participantes e assistidos permanecerão reféns do patrocinador que continuará sua saga dominadora. Por isso urge que mudanças sejam efetivadas para desinfetar a PREVI da sujeira de que está impregnada. Há que se insuflar a revolta entre os poucos que possam contribuir para o saneamento. Lideranças dos aposentados e pensionistas precisam vir a público denunciar irregularidades. Associações que os congregam devem abandonar o estado de letargia e sacudir os poderes. A Federação das Associações tem a obrigação de agir de conformidade com o poder que lhe conferem 32 afiliadas com o mesmo propósito: defender incondicionalmente os interesses dos aposentados e pensionistas que dependem da PREVI. Ou se faz algo agora, já no início do ano, ou cedo será tarde demais para estancar a sangria iniciada na jugular do nosso Fundo de Pensão.
Marcos Cordeiro de Andrade – Curitiba (PR) – 01/01/11. FONTE: http//www.previplano1.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário