BEM-VINDO AO BLOG DO RAY.

ESPAÇO DEMOCRÁTICO, TERRITÓRIO LIVRE ONDE TODOS OS ASSUNTOS SÃO TRATADOS E REPERCUTIDOS.


sábado, 21 de maio de 2011

A PARGUNTA DE FRANCENILDO

19/05/2011 às 20:27

A fábula do caseiro de R$ 39 mil e do ministro de R$ 7,5 milhões


No post anterior (abaixo), vocês lêem trecho de reportagem da Veja Online em que o caseiro Francenildo faz uma pergunta sobre o caso Palocci: Por que ele não explicou de onde veio o dinheiro? Eu tive de explicar”. 

Com uma pergunta muito simples e uma constatação, esse rapaz desconstrói, mais uma vez, Antonio Palocci. É isto: por que o coitado teve de explicar tudinho, e o nababo não precisa explicar coisa nenhuma?

O fato é que o ressurgimento de Palocci no noticiário, não exatamente nas páginas do jornalismo de exaltação, lembra-nos a barbaridade que foi o caso Francenildo, não é mesmo? Um homem pobre, simples, que pertence àquele tal “povão” tão exaltado por Lula, quase foi esmagado pela soma das máquinas do estado e do partido oficial.  Teve seus direitos constitucinais violados. Pecado: ele tinha R$ 39 mil na conta e era alguém que testemunhara que o então poderosíssimo ministro da Fazenda freqüentava uma casa de pecados, também os políticos, em Brasília.

O caseiro, de fato, derrubou o ministro — que, como se vê, não ficou na chuva. Eleito logo depois, montou a sua “consultoria” e juntou a fortuna à fama. O que teve seus direitos constitucionais violados vai receber, não havendo protelação, R$ 500 mil de indenização. O então ministro que bisbilhotou a sua conta ganhou uma bolada como consultor, tanto que torrou R$ 7,5 milhões em dois imóveis.

Não é luta de classes no molde marxista exatamente. Estamos diante de um troço diferente. Os petistas formam a nova aristocracia brasileira. Como se sabe, por laços de parentesco e simpatias partidárias, ela tem direito até a passaportes diplomáticos.

Ah, sim: a jornalista que “bateu o fio” para o então ministro sobre a grana do caseiro, Helena Chagas, é a chefona da área de comunicação do governo. Exerceu o mesmo papel na campanha de Dilma. Por indicação de Palocci.

Desta feita, o algoz de Palocci, tudo indica, não é um caseiro, mas um “companheiro”. Quem? A esta altura, o ministro já conhece o preço do bom comportamento com quem o tem na mira. Francenildo se danou apenas porque contou o que viu. Não havia pedido nada em troca.

Por Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário