Vantagens
Para o professor Marcos Silvestre, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e apresentador do programa Na Ponta do Lápis, da BandNews FM, o cartão de crédito democratizou a forma de pagamento por ser oferecido a todo cidadão que comprove renda. Além da questão social, o especialista aponta outros motivos para o uso da moeda de plástico, mas alerta: é preciso saber usar e contratar um seguro para caso de fraudes.
"O cartão é prático e seguro. A pessoa não precisa ficar andando com dinheiro e cheque na carteira. Outros pontos interessantes são: a possibilidade de reverter as compras em benefícios, concentrar gastos em uma única data evitando esquecimentos – e como consequência pagamento de multas –, além de facilitar a organização do fluxo de caixa", comenta.
Como escolher o cartão ideal?
Aline Brito, consultora do banco de investimento Geração Futura, afirma que se o cidadão souber usar de maneira consciente o cartão de crédito, ele pode ser um verdadeiro aliado e a escolha do cartão é um bom começo.
"O consumidor deve optar por cartões que proporcionem benefícios alinhados com os seus objetivos. Por exemplo, um cidadão que viaje constantemente pode se associar a um cartão que conceda milhas. A lógica também se aplica a quem deseja trocar de carro. Os pontos funcionam como dinheiro", orienta.
Silvestre reforça a ideia de que é preciso analisar a própria rotina para pensar nas variantes. "Não se deve pagar uma anuidade mais cara por um cartão internacional se a pessoa não viaja para fora do país", alerta. Outra dica do professor é sempre negociar a anuidade. O cartão ideal não pode onerar o bolso do consumidor.
Quantidade não é garantia de qualidade
Tem consumidor que acredita que ter vários cartões ajuda. Nesse caso, vale o ensinamento de Silvestre. Cartão de crédito só vale a pena quando usado como meio de pagamento. Usá-lo como forma de financiamento é acumular dívidas, pois, além da fatura em aberto, acumulará uma das taxas de juros mais altas. Nesses casos é melhor estudar tipos de financiamentos como cheque especial, CDC, consignado e comparar os valores.
"Ter mais de um cartão vale a pena para quem tem, por exemplo, mais de dois recebimentos de renda por mês. O consumidor casa a data da entrada do dinheiro com o vencimento do cartão", recomenda.
Taxas
A regra é simples, se usou o cartão pague o total da fatura. Deixar a dívida entrar no crédito rotativo significa somar a dívida a juros altos (média de 13% a.m.) sobre o saldo remanescente, mais encargos contratuais, que são as taxas de financiamento, juros de mora de 1% e multa moratória de 2%. Para não cair na ilusão do crédito rotativo, Silvestre recomenda que o consumidor não comprometa mais do que 1/3 da sua renda mensal.
O mau uso do cartão pode virar uma "bola de neve". Em uma situação na qual o cidadão tenha uma fatura de R$ 1.000,00 e arraste por 12 meses o pagamento, no final de um ano terá acumulado dívida de cerca de R$ 5.000,00. Se for por 24 meses, no final do período estará devendo aproximadamente R$ 20.000,00.
O consumidor que achar que não vai ter condição de pagar o total da fatura não deve usar cartão. Silvestre alerta: "É matemática pura e simples. Se a pessoa ganha pouco tem que gastar pouco. Se a renda está declinante é hora de economizar ou a conta não fechará jamais".
Fonte: www.previ.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário