O QUE TEM A VER O DRAGÃO CHINÊS

Amigos, 

O autor do texto abaixo, WLADIMIR  BRUNO TUCUNDUVA, é colega aposentado do BB e faz um alerta pertinente  àqueles que se omitem num momento em que a PREVI corre o mais sério risco de sua existência e a sua coletividade continua inerte, dormindo em berço esplêndido e não participando dos pleitos eleitorais, deixando como está para ver como é que fica. 

Abraços

Raimundo

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Gente,

Não sou economista, nem catastrofista, mas esse despertar chines é assustador.   A cada dia balança as bases economicas de todos os países do mundo. Não somos exceção e já percebemos a concretude disso em nosso cotidiano. 

E desse contexto  derivam  iniciativas que se espraiam  atingindo as relações capital-trabalho, nem mesmo respeitando a coloração ideológica do governo de plantão.  Neo-liberais, socialitas, trabalhistas... nem Lula, nem Dilma, nem FHC escapam ao desafio da Grande Esfinge Oriental. O recurso contingente é desonerar a fopag, aliviar a carga tributária," despatrocinar" a previdencia complementar,  e fechar os olhos ou estimular o assalto às caixas disponíveis (de previdencia, de assistencia, da igreja...). Tudo é válido, menos, é lógico, lançar a mão sobre os cofrinhos das "zelites",  dos coronéis, dos seus asseclas políticos ou dos justos salários e regalias da sacrossanta superior administração pública. "Pára aí, Zé-Mané! Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa" -  diria o charmoso Eike;  Ou, na voz esganiçada do Zé-curíntia: "e daí, mano, nóis tá ou num tá na fita? Se é só pra pagar a conta, tô fora, mano!..."

 Sério mesmo, gente, o panorama é muito preocupante. Ainda há pouco, lemos a informação do Laerte de que, na vizinha Argentina, também já puseram a mão na grana dos aposentados. E não só lá!  Em nosso caso a tentação é tanto maior quanto maior o desinteresse dos próprios beneficiários:  saqueados e conformados. Muitos preferem curtir uma prainha, saborear um pituzinho, ou uma aventura no pantanal à encarar o problema que lhe define a própria subsistencia. É o que berra o número de abstenções nas eleições CASSI/PREVI.

Se, por um lado, ficamos felizes com o crescimento da Semente, ficamos chocados com o número de não-votantes. Daí, alguma coisa tem que ser feita. Chutar-lhes as frouxas bundas ou seus murchos sacos... Gritar em seus ouvidos ensurdecidos pelo cerume: ACORDA MEU! SUA BOA-VIDINHA TÁ À PERIGO!

Meus caros, temos que  ter isso claro, definitivamente, em nossas cabeças. Essa tendencia só poderá mudar, quando todo mundo ganhar como o chinês.  É a globalização. A piramide assim: uma basezinha à toa de muito ricos e a vastidão, daí ao ápice, de cordatos proletários.  Não me duvide, cara!  Admito até um pouco de exagero nesse desenho, mas, vá por mim, é mais ou menos por aí que a coisa vai rolar.

Perdoem-me a insistência, mas pelo andar da carruagem não podemos nos acomodar. Claro que há colegas bem de vida, que, tendo se aposentado cedo, construiram outra carreira e acumulam riqueza.  Estes nem aparecem por aqui, embalam-se na sabedoria martasupliciante: "se o estupro é iminente, relaxa e goza".  Mas a grande maioria se distanciou da luta por outras razões e, ficando à margem, nem sabem o que pode acontecer. São esses que devemos abordar e trazê-los para o grupo. Essa é uma de nossas mais importantes tarefas:  agregar  esse pessoal à Semente da União.  Então vamos lá. Mangas arregaçadas, ao trabalho!

W.Tucunduva