Depois de suspensas as negociações por quase dois anos em virtude da crise financeira mundial e da reformulação de legislação que trata a matéria, recomeçaram ontem, dia 27 de setembro, as negociações envolvendo a destinação do superávit do Plano 1. Entidades representativas do funcionalismo e dirigentes eleitos da PREVI se reuniram com representantes do Banco do Brasil, em Brasília, e apresentaram reivindicações para a utilização da reserva especial do Plano 1 em melhoria de benefícios dos associados.
Participaram da reunião dirigentes da Contraf-CUT, da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, AAFBB, AFABB-SP, FAABB, ANABB, os três diretores eleitos e conselheiros deliberativos eleitos da PREVI. Os representantes dos associados apresentaram várias propostas que já foram debatidas amplamente com os associados ao longo dos últimos anos e referendadas em várias reuniões de entidades representativas. Aumento linear com piso mínimo, continuidade da suspensão de contribuições, aumento do teto de benefícios para 100%, aumento no percentual das pensões para 80%, redução da Parcela Previ, 360/360 avos dos benefícios, aumento no benefício mínimo, antecipada para as mulheres aos 45 anos, abono anual para aposentados, resgate da contribuição patronal pelos pedevistas.
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| Além destas questões relativas ao uso do superávit, os representantes dos associados consideram fundamental negociar o fim do voto de minerva, o retorno da diretoria de Participações para os associados e a volta dos direitos do Corpo Social - aprovação, pelo voto, de alterações nos estatutos e regulamentos dos planos de benefícios.
Os representantes do funcionalismo deixaram claro seu entendimento de que a maior parte do superávit deve ser destinada aos associados, através de melhoria dos benefícios ou de revisão do plano. Nas negociações anteriores, em 2005 e 2007, cerca de 2/3 dos valores disponíveis foram transformados em benefícios. A lista de reivindicações apresentadas contempla os anseios dos associados ao Plano 1. Entretanto o BB afirmou que defende o cumprimento da Resolução CGPC 26 e a destinação de metade do superávit para o banco.
Depois deste início de negociações, foram definidos os próximos passos para a busca do entendimento. Foi marcada nova reunião para o dia 18 de outubro. Foi solicitado à PREVI que apresente os cálculos dos valores a serem destinados e do custo de cada uma das propostas. Representantes dos associados e do banco farão reuniões com a Superintendência da Previdência Complementar (PREVIC) para discutir aspectos da destinação do superávit diante de um eventual acordo entre as partes. |
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